Afirmação para auto estima


Hoje me liberto da necessidade de ser perfeita.
O que sobrou?
A minha condição humana, a minha bondade e a crença em mim mesma. 
Porque assumo a vida que tive até agora, 
sou responsável por todas as minhas escolhas.
Errei e sofri muitas vezes.
Agradeço ao meu passado minhas culpas defesas e ilusões.
Tudo me trouxe até aqui.
Agora sou forte e responsável por mim mesma. 
A cada dia busco ‘Ser’ e dar o meu melhor. 
O meu desenvolvimento pessoal e profissional é crescente e contínuo, 
um passo de cada vez e um dia após o outro.
Sei que precisarei sempre de novas ferramentas 
porque quero chegar cada vez mais longe na construção de mim mesma.
E me sinto cada dia mais feliz com o meu jeito de ser.
Eu me amo e aprovo a forma como conduzo a minha vida!

Aurora, um raio de sol em nossas vidas!


Sobre apego, cativar e deixar-se cativar. Sobre a valorização da vida em todas as suas expressões.

No dia 30 de novembro do ano passado estava com as crianças quando encontramos, no estacionamento do prédio onde moramos, uma canarinha.

Estávamos voltando do judo, quando avistamos um passarinho amarelinho no meio das andorinhas, visitantes comuns do prédio. Para não assustar o bando e perdermos a visão daquele raiozinho de sol, nos aproximamos devagar. Mas crianças são impulsivas, antes que eu dissesse “devagar, ou eles vão embora...” elas já estavam bem perto. Nós ficamos surpresos quando o canarinho não voou, ficou parado e à medida que nos aproximávamos tentava escapar saltitando ou dando vôos bem rasteiros, concluí que deveria ser o passarinho de alguém próximo, um avezinha de gaiola. Enquanto tentávamos pegá-la perguntamos a alguns moradores se alguém comentou a falta de um bichinho desses. Pensávamos que se ficasse à solta um gato poderia encontrá-la, também havia o perigo dos carros. Conseguimos segurá-la. Em casa, acomodei-a numa caixa, as crianças cuidaram de colocar água e pedacinhos de pão, pelo jeito estava muito cansadinha, pois dormiu bastante. No dia seguinte compramos uma gaiola, bebedouro, banheira e comedouro. As crianças estavam numa felicidade enorme, há tempos que queriam um bichinho, eu, por outro lado, estava muito apreensiva, nunca havia criado passarinho. A idéia de criar pássaros nunca me cativou e me angustiava vê-la engaiolada mesmo sabendo que de outra forma ela poderia não resistir. Soubemos que era uma canarinha e demos o nome de Aurora, porque amarelinha parecia um raio de sol e também por a considerarmos uma princesinha cairia bem um nome dos contos de fada. Começamos a pensar em adquirir o príncipe Felipe (o par romântico da princesa Aurora). Aurora se tornou parte da família, as crianças diziam que ela era a irmãzinha deles. E fomos vivendo nosso dia a dia com Aurora. Chamava-a “algodão doce de Barbie” (quando dormia parecia uma bolinha amarelinha) e “passarinha gotosa da perninha grossa”. Estava impressionada como um animalzinho daquele tamanho poderia ter trazido tanta alegria para nossa casa, era mesmo um raio de sol iluminando e alegrando o ambiente e nossos corações. Principalmente devido ao jeito como veio até nós, parecia um presente, já que não saímos para comprá-la. Na verdade eu não conseguiria comprar um passarinho, por mais que muita gente considere “normal”. Pássaros, mesmo os de cativeiro, para mim, precisam de mais espaço para voar, dessa forma, eu vivia um conflito silencioso: enquanto pensava no príncipe Felipe, também pensava em conseguir colocar Aurora na natureza, precisava treiná-la, não sabia se isso seria possível. Gostaria de tentar assim que as crianças voltassem às aulas. Mas enfim, Aurora estava conosco e estávamos gostando que fosse assim. Os dias foram passando e aconteceu que Aurora ficou doente. De um dia para o outro acordou estranha, como se fosse dormir o dia todo. Procurei o local onde comprei a gaiola, falei o sintoma e a pessoa me disse que ela poderia estar prestes a colocar ovo!? Disse para aguardar, mas no dia seguinte procurei um criatório para ter uma idéia melhor. Indicaram um antibiótico. Não consegui comprar o antibiótico, era um colírio para humanos, precisava de receita médica, nesse mesmo dia Aurora deu sinal de melhora, tomou banho, cantou um pouco e assim acreditei que seu organismo estava reagindo. No dia seguinte acordou pior, procurei rapidamente um veterinário para conseguir uma consulta ou uma prescrição para o colírio, não consegui a consulta, mas consegui a prescrição...tarde demais... Aurora se foi. Estávamos no dia 08 de janeiro de 2012. Desabei em um choro desconsolado, as crianças nem se fala... até o maridão estava sensibilizado. E agora? É definitivo. Fomos deixá-la num parque muito arborizado próximo de casa. Aurora estava livre. Espero que ela esteja de volta como um pássaro no meio de uma grande floresta...
Aurora passou 39 dias conosco.
Neste, que foi um dia muito triste, me senti irresponsável, uma criaturinha tão pequena, inofensiva e indefesa que havia sido colocada sob os meus cuidados e eu não consegui dar conta. Não gosto da idéia de culpa, mas nesse caso, negligenciei os cuidados, não fui ao veterinário, logo que a encontramos. Confiei que era simples criar um bichinho tão delicado, pior ainda, quando adoeceu, acreditei que o corpinho dela estava reagindo sozinho, mas não estava. A perda foi lamentável e irreversível. Estranho, mas senti como alguém que perde uma grande oportunidade, como alguém que perde um presente especial. Gostaria de não mistificar, mas acredito que a vivência com Aurora, veio nos ensinar algo, e que só foi aprendido porque ela se foi. Comecei a pensar o que estou negligenciando em minha vida, quais as oportunidades que deixei passar, por desatenção. Estarei sendo irresponsável com algo mais, com outros milagres? Aurora veio como um presente cativou-nos, porque nós nos permitimos ser cativados. Como é forte o apego, tantos animais e pessoas, morrem diariamente, mas como não os conheço, não os cativei e nem fui cativada o sentimento é diferente. Aurora também deixou-nos claro a importância do cuidado, da valorização da vida, a certeza de que é preciso ser responsável com os presentes que aceitamos conscientemente, não dá para realizar tarefas de qualquer jeito. Essa foi a minha lição, acredito que cada um de nós que passamos pela experiência, e apenas nós, aprendemos algo. Entendo que quem estiver lendo nesse momento não tem elementos para sentir da mesma forma. Assim é a vida, algumas experiências podem ser compartilhadas em sua plenitude, outras, apenas podem ser respeitadas porque tocaram àqueles que em suas vivências, boas ou ruins, buscam aprendizado. Aurora estará sempre presente em nós, pois assim como um raio de sol, sem nenhuma pretensão de ser percebida ou importante, iluminou, alegrou e aqueceu as nossas vidas. 
Hoje eu gostaria de ser um pouco Aurora, doando e servindo, sem pretensão de ser algo importante e por isso mesmo fazendo uma grande diferença na vida das pessoas que nesse momento cruzam meu destino.

Feliz 2012!



Um Feliz 2012!
Cheio de vida!


"Estar cheio de vida é respirar profundamente, 
mover-se livremente e sentir com intensidade."
(Alexander Lowen)

Voltei!



Fiquei bastante tempo sem escrever! Estava hibernando!! Renasci!
Acreditem, não conseguia mesmo escrever, passei todo esse tempo querendo entender o que sentia, porque estava tão permissiva quanto à sentimentos negativos. Posso até dizer que estava de luto. Um luto solitário pela morte de uma esperança. Não que bicho ou gente tenha morrido, e também não se tratava de desesperança quanto à vida ou quanto a mim em algum sentido, não, não dessa forma. Essa esperança significava a possibilidade de transformação. Na verdade eu acreditava que alguém poderia ser diferente! Sim! Caí na armadilha e pior, não conseguia sair. Sabemos que não podemos esperar nada de ninguém sob o risco de haver decepção e principalmente de não conseguir viver o que é preciso no exato momento em que as coisas acontecem. Toda essa teoria me ajudou a esclarecer e encontrar novos significados, mas que caí na armadilha do “há se fosse assim” caí! E estava mesmo intolerante, brigava internamente, santo de casa não faz milagre? Acho que a minha necessidade de reconhecimento também gritava alto. Fiquei estranha... Mas agora isso passou.
Ficaram 2 lições:
Primeira: As influências externas existem, nem tudo é apenas nosso, ou seja, existem pessoas que realmente podem alterar nosso campo energético. Evidente que pode acontecer uma permissividade, mas que existem as mentes fortes, tanto para o bem quanto para o mal, elas existem. E foi realmente complicado admitir que tudo que eu sentia não era apenas meu. Sabe, tenho o hábito de controlar tudo acreditando que as coisas que sinto são geradas unicamente por mim, após essa experiência ficou muito claro que o controle que podemos ter é nos isolarmos dessas influências. Isso é salutar fazer, cada um do seu jeito deve saber proteger-se do que vem de fora. E apenas quando consegui fazer esse isolamento, consegui a segunda lição.
Segundo: Tolerância é bom exercitar. Erramos, todos nós erramos e como é difícil ser tolerante com os erros dos outros... exigimos paciência e tolerância, mas se pisarem em nossos calos...já viu, saí de baixo! Esses meses foram exercícios de limpeza interna, e de tolerância. Consegui ser tolerante, perdoar.
Volto a afirmar que isso somente foi possível depois que consegui me livrar do lixo que o outro depositava em cima de mim. Isso me impressionou, era muito lixo mesmo! Talvez existisse mágoa, desamor, não importa. Vale lembrar também o outro lado: nem tudo é do outro! Muita coisa é nossa mesmo, bate como um espelho e reflete, não existe metáfora melhor. Conseguir separar esses lixos é uma tarefa e tanto!
Passo à vocês: protejam-se a si mesmas e aos seus filhos e companheiros. Mantenha saudável seu núcleo familiar. Perdoem e se vejam no espelho torto das falhas pessoais.
Agora tudo limpou. Finalmente! Já não era sem tempo! 
O milagre sempre vai acontecer para aquele que procura, não importa de onde é o santo, o que importa é a parceria: um que deseja e outro que ajuda a realizar, o santo somente pode nos dar o que agente pedir.
Estamos de volta!!!