Devemos pagar aos nossos filhos para realizarem tarefas domésticas?



Um coleguinha na escola comentou com minha pequena que ao contrário dela, não recebia mesada, mas sim quando fazia “alguma coisa” em casa. Conversamos sobre o assunto. Hoje em dia esse é um tema discutido, as crianças algumas vezes ao invés de “mesada” recebem alguma contribuição financeira quando realizam algumas tarefas em casa como, colocar o lixo fora, lavar os pratos, forrar a cama, arrumar o quarto, essas coisas.
Sou da opinião que premiar crianças pelo que eles tem como dever fazer, não contribui para uma formação saudável, assim como premiar por boas notas, enfim, cada pai e mãe que encontre um caminho, existem algumas  “linhas de raciocínio” sobre o assunto e o importante é que, na prática, prevaleça o bom senso.
A valorização do trabalho doméstico deve estar vinculada à importância do bom clima familiar nossa casa, nosso lar, nossa fonte de energia, é em casa em nosso porto seguro que encontramos o refúgio e a segurança, recuperamos as forças, nos restabelecemos, dia a dia. Esse trabalho de manutenção da energia familiar é mantido por aquele que cuida do clima emocional da higiene e arrumação, há algum tempo atrás ficava nas mãos das “donas de casa” como suporte emocional e físico, hoje nas mãos de todos, numa atividade compartilhada.
Uma coisa é engraçada, sobre esse trabalho doméstico, é que apesar de algumas pessoas até se realizarem nesse cuidado e outras confessarem que gostariam de ficar cuidando da casa, dos filhos, do cachorro...  Não há valorização, pois não há remuneração, se quiser ser remunerado pelo serviço precisa ser contratado para trabalhar na casa de outra pessoa (!)
Dessa forma, considerando que a mamãe e o papai não recebem para fazer isso, sou da opinião que os filhos também não tem que receber.
As atividades domésticas devem ser realizadas em parceria, numa divisão de tarefas como exercício de disciplina e de doação para o bem comum.