Hoje ouvi de alguém na fila do supermercado: “se eu ganhasse a mega sena, estaria longe numa hora dessas” Louvável. Cada um que defenda a sua vida.
E fiquei pensando numa improbabilidade: se todos ganhassem na mega?! Para onde iria todo mundo? O mundo pararia? Todos iriam viajar e deixariam seus empregos? O Piloto não levaria ninguém, as pousadas estariam vazias, sumiriam todos, um caos, pois todos teriam a mesma idéia, sumir... rsss!!
Afinal, trabalhamos para quê? Se respondermos: Para ganhar dinheiro... O caso é gravíssimo, precisamos urgentemente de uma boa motivação para viver.
Viver para pagar contas? Ganhar dinheiro para se divertir? Para curtir a vida! E o que é curtir a vida?
Cada um curte a seu modo. Falo por mim: se ganhasse a mega sena, faria sim uma viagem, provavelmente não agora, correndo. Mudaria de casa, compraria um carro novo, sim. Planejaria o futuro das crianças, mas deixar de trabalhar no que gosto? Não conseguiria! Sei disso, afinal não trabalho para ganhar dinheiro apenas. Hoje trabalho porque gosto de ajudar pessoas. É claro que seria (será, espero! rss) um alívio fechar as contas no final do mês e sobrar muito...muito...$$$$ E realizaria meu sonho de uma fundação que invista na criança e no adolescente.
E mesmo que mudasse de idéia quanto à viagem imediata, uma coisa é bem certa, acredito que estou aqui para servir à humanidade com meu talento, isso sim, me mobiliza para viver. Mas, não sou tão pessimista, sei que não sou a única que gosta do que faz profissionalmente. Estamos juntos numa corrente do bem.
Quando o trabalho é um prazer se torna missão, quando trabalhamos com desprazer é obrigação.
Um sábio disse: “A humanidade é infeliz por ter feito do trabalho um sacrifício e do amor um pecado”
Pegando um gancho:
Imagine uma sociedade onde não há julgamentos quanto às funções de cada um, ou seja, as pessoas são valorizadas pelos seus talentos, seus talentos são a expressão máxima do que gostam de fazer: Há os que limpam as ruas, os que fazem a comida, que plantam e colhem, há os professores, os intelectuais, os médicos que realmente se preocupam em salvar vidas. Somos os eleitos por nós mesmos. Sem distinção de Ter, mas apenas de Ser. Somos reconhecidos pelo que somos e muito bem remunerados por isso! Fazemos com amor de servir ao outro com nosso talento. Recebemos pela valorização de nosso trabalho... um sonho... A profissão vista como status do Ser e não do Ter.